Protopina, também conhecido como Coridinina, é um alcalóide isoquinolina encontrado predominantemente em plantas nativas do Nordeste da Ásia. Este alcalóide apresenta uma ampla gama de atividades farmacológicas, tornando-o objeto de interesse em diversas áreas de pesquisa científica. Este artigo tem como objetivo fornecer uma análise farmacológica abrangente da Protopina, explorando suas propriedades biológicas, mecanismos de ação e potenciais aplicações terapêuticas.
Fornecemos Protopine CAS 130-86-9. Consulte o site a seguir para obter especificações detalhadas e informações do produto.
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Estrutura Química
Fórmula Molecular
Embora a fórmula exata possa variar ligeiramente dependendo dos métodos e fontes de purificação, a protopina geralmente contém átomos de carbono (C), hidrogênio (H), nitrogênio (N) e oxigênio (O). A fórmula molecular mais comumente relatada é C20H17NO4, mas variações são possíveis.
Sistema de anel heterocíclico
A protopina se distingue por seu anel heterocíclico contendo nitrogênio, que é uma característica estrutural chave dos alcalóides isoquinolina. Este sistema de anel heterocíclico é responsável por muitas das atividades biológicas associadas à protopina.
Pureza e Variabilidade de Fonte
A estrutura exata da protopina pode variar ligeiramente devido às diferenças nas técnicas de purificação e nas fontes vegetais das quais é extraída. No entanto, as suas principais características estruturais permanecem consistentes em diferentes preparações.
Ocorrência Natural
Plantas
A protopina ocorre naturalmente e é encontrada principalmente em várias plantas, incluindo Corydalis ternata. Corydalis ternata, também conhecida como Yan Hu Suo, é tradicionalmente usada em medicamentos fitoterápicos por suas propriedades analgésicas, antiinflamatórias e sedativas.
Medicina Tradicional
Na medicina tradicional chinesa (MTC), Corydalis ternata tem sido usado para tratar doenças como dores menstruais, dores abdominais e dores no peito. A presença de protopina e outros compostos ativos nesta planta pode contribuir para os seus efeitos terapêuticos.
Propriedades Biológicas
A protopina demonstra um espectro de atividades biológicas, incluindo efeitos antiinflamatórios, antimicrobianos, antiangiogênicos e antitumorais. Estas propriedades contribuem para o seu potencial como agente terapêutico em múltiplos contextos de doenças.
A protopina exibe atividade antiinflamatória significativa ao modular os principais mediadores inflamatórios. Estudos demonstraram que a Protopina reduz a produção de óxido nítrico (NO), ciclooxigenase-2 (COX-2) e prostaglandina E2 (PGE2) em macrófagos RAW 264.7 estimulados por LPS sem exibir citotoxicidade. Esta redução nos mediadores inflamatórios sugere a sua utilização potencial no tratamento de condições inflamatórias, tais como artrite reumatóide e doença inflamatória intestinal.
As propriedades antimicrobianas do Protopine tornam-no um candidato promissor no combate a infecções causadas por microrganismos resistentes. Embora os estudos específicos sobre o seu espectro antimicrobiano sejam limitados, a capacidade do Protopine de inibir o crescimento microbiano destaca o seu potencial como terapia alternativa ou adjuvante em doenças infecciosas.
A angiogênese, a formação de novos vasos sanguíneos, é um processo crucial no crescimento e metástase do câncer. Foi demonstrado que a protopina inibe a angiogênese, suprimindo assim o crescimento e progressão do tumor. Esta atividade antiangiogênica é atribuída à sua capacidade de modular a proliferação e migração de células endoteliais, etapas cruciais na angiogênese.
Uma das propriedades farmacológicas mais significativas da Protopina é a sua atividade antitumoral. A protopina exibe efeitos citotóxicos contra várias linhas celulares de câncer, incluindo câncer de mama, fígado e próstata. Seus mecanismos antitumorais envolvem múltiplas vias:
- Indução de Apoptose: A protopina desencadeia apoptose em células cancerígenas através da via intrínseca. Aumenta a expressão de caspase-3 e caspase-9, enzimas-chave na cascata apoptótica, levando à morte celular. Além disso, a protopina induz a liberação do citocromo c das mitocôndrias para o citosol, promovendo ainda mais a apoptose.
- Geração ROS: As espécies reativas de oxigênio (ROS) desempenham um papel crucial na sinalização celular e na homeostase. Foi demonstrado que a protopina aumenta os níveis de ERO nas células cancerígenas, levando ao estresse oxidativo e subsequente morte celular. Esta morte celular induzida por ERO é um mecanismo significativo pelo qual a Protopina exerce seus efeitos antitumorais.
- Inibição da migração e invasão celular: A migração e invasão de células cancerígenas são etapas críticas na metástase tumoral. A protopina inibe a migração e invasão de células cancerígenas, como as células cancerígenas do fígado HepG2 e Huh7, modulando a expressão de proteínas envolvidas nestes processos.
- Modulação de vias de sinalização: A protopina inibe a via de sinalização PI3K/Akt, uma via chave envolvida na sobrevivência, proliferação e metabolismo celular. Ao inibir esta via, a Protopina perturba os mecanismos de sobrevivência das células cancerígenas, aumentando a sua sensibilidade à apoptose.
Aplicações Terapêuticas
Foi demonstrado que a protopina possui atividade inibitória da colinesterase, tornando-a útil no tratamento da doença de Alzheimer. Sua capacidade de inibir a agregação plaquetária e os receptores H1 da histamina contribui para seu uso potencial na terapia antitrombótica e no tratamento de reações alérgicas, respectivamente. Além disso, Protopine demonstra propriedades analgésicas, antiespasmódicas, antitússicas e antiasmáticas, que podem auxiliar no alívio da dor, relaxar os músculos lisos, aliviar a tosse e melhorar a função respiratória.
Suas atividades antitumorais, alcançadas por meio da estabilização de microtubos e regulação da atividade Cdk1 e da família de proteínas Bcl-2, tornam-no um agente promissor no tratamento do câncer. A protopina também apresenta efeitos antiarrítmicos e anti-hepatotóxicos, beneficiando a saúde cardiovascular e protegendo o fígado de danos. Além disso, descobriu-se que aumenta os efeitos hipnóticos do pentobarbital e possui propriedades antibacterianas fracas.
Estudos in vivo demonstraram a capacidade da Protopina de reduzir o comprometimento da memória em camundongos, inibir o crescimento tumoral em modelos de xenoenxerto e exibir efeitos semelhantes aos dos antidepressivos. Também protege contra lesão isquêmica cerebral focal em ratos.

Tratamento do câncer
A atividade antitumoral da protopina a torna uma candidata promissora para o tratamento do câncer. Estudos demonstraram sua eficácia contra células cancerígenas de mama, fígado e próstata. Ao induzir a apoptose, gerar ERO, inibir a migração e invasão celular e modular as vias de sinalização, a Protopina exibe efeitos antitumorais significativos. Seu potencial como terapia alternativa ou adjuvante no tratamento do câncer merece investigação adicional.
Neuroproteção
A protopina demonstra efeitos neuroprotetores em modelos animais de isquemia cerebral. Ao proteger os neurônios da lesão isquêmica, a Protopina pode ter potencial terapêutico no acidente vascular cerebral e em outros distúrbios neurológicos. Suas propriedades antioxidantes e antiinflamatórias podem contribuir para seus efeitos neuroprotetores.


Atividade Antidepressiva
A protopina exibe efeitos semelhantes aos antidepressivos em modelos animais, sugerindo seu potencial como agente terapêutico na depressão. Ao inibir o transportador de serotonina (SERT) e o transportador de noradrenalina (NET), a Protopina aumenta os níveis destes neurotransmissores no cérebro, melhorando assim o humor e reduzindo os sintomas depressivos.
Aprimoramento de memória
Estudos demonstraram que Protopine pode melhorar a função da memória em modelos animais. Ao inibir a acetilcolinesterase, uma enzima responsável pela degradação da acetilcolina, a Protopina aumenta a neurotransmissão colinérgica, que é crucial para a memória e a função cognitiva.

Conclusão
A protopina, um alcalóide isoquinolina encontrado em plantas do Nordeste Asiático, exibe uma ampla gama de atividades farmacológicas, incluindo efeitos antiinflamatórios, antimicrobianos, antiangiogênicos e antitumorais. Sua atividade antitumoral é particularmente notável, envolvendo múltiplos mecanismos como indução de apoptose, geração de ERO, inibição da migração e invasão celular e modulação de vias de sinalização. Com base nessas propriedades, a Protopina possui potencial como agente terapêutico no tratamento do câncer, neuroproteção, terapia antidepressiva e aprimoramento da memória.
No entanto, apesar do seu perfil farmacológico promissor, são necessárias mais pesquisas para elucidar completamente os mecanismos de ação e o potencial terapêutico da Protopina. Os ensaios clínicos são essenciais para confirmar a sua segurança e eficácia em humanos. À medida que a investigação avança, a Protopina pode emergir como uma adição valiosa ao arsenal de agentes terapêuticos disponíveis para o tratamento de diversas doenças.